ONDE CONTA O
SABIÁ
Desde que se descobriu um real integrante de uma
agremiação instituída ao lazer, Djalma de Oliveira Costa, o popular Djalma
Sabiá, resolveu colecionar alguns recortes de jornais e revistas da época de
sua ativa atuação na escola de samba do Salgueiro, ele ressalta que outras
pessoas assim também o faziam, mas ele mesmo não sabe explicar o porque das
pessoas o procurarem em razão disto.
Entretanto ouvindo algumas pessoas, como o diretor de
harmonia da época da safra de ouro do Salgueiro, Waldir Marrom, Aide Brandini que foi presidente da ala dos
compositores, Lorival Serra, Mariana
Aliano a caboclinha atual presidente da velha guarda do salgueiro entre
outras personalidades do Salgueiro, que dizem que o compositor, que como alguns
que ainda se encontram são fundadores desta gloriosa agremiação, uns em ata
outros não mais incisivo Djalma afirma que existe e são fundadores, enfim eles
afirmam que o Sabiá tem alguns recortes e fotos que somados a sua reluzente
memoria o caracterizam como o maior acervo vivo da escola.
Djalma guardava este acervo por questão pessoal,
sentimentos diversos correlacionados com a saudade e carinho e valorização de
uma geração, que ele se esforça para que não seja esquecida, porque a história
os consagrou como pilares do que o hoje é e sempre será o Salgueiro, a despeito
de qualquer movimento uma grande e gloriosa agremiação, onde a comunidade ainda
que com pouco recursos, mostraram personalidade e coragem em razão da luta
árdua, de se fazerem presente dentro desta tramitação histórica que ocorre ano
a ano, carnaval a carnaval.
Com o passar do tempo seu pequeno acervo passou a
despertar interesse, de jornalistas, alguns deles se tornaram grandes amigos do
Sabiá, como o Sergio Cabral que como escritor pediu e foi atendido ao Djalma
para subsidiar algum conhecimento para o seu livro, não só o Sabiá como outros
tantos personagens do carnaval carioca, outro ícone ator e jornalista o amigo
Haroldo Costa, árduo pesquisador que com a participação de declarações do
pessoal da escola e principalmente do
morro do Sagueiro , escreveu uma
obra prima sobre os 50 anos do salgueiro e foram se seguindo outros jornalista,
estudantes universitários atrás de monografia, matéria para colação de grau e o
Djalma sem nenhum interesse monetario ajudava no que podia.
Durante algum tempo o quarto que o compositor morava,
por causa de uma entrevista com o jornalista Marcos Uchoa, ficou sendo chamado
de Santuario do Djalma Sabiá, talvez porque continha muitos retratos, alguns
parecidos como aqueles de santinhos distribuídos nas igrejas católicas, hoje
por motivo de saúde mudou-se para casa de uma filha entiada, mas ele talvez com
esperança de continuar com seu acervo, continuou pagando o aluguel e ficou
assim durante um bom tempo, a tristeza o consumia ao saber que as coisas estava
se perdendo, apesar dos apelos feito aos seus filhos, principalmente o de nome
Ruy, que ele achava o mais qualificado, existia alguns obstáculos primeiro a
falta do famigerado dinheiro, segundo a indisposição do teu filho Ruy em lidar
com a coisa da qual tem uma certa aversão, dizia para o pai ___ “gosto da arte
mas não gosto muito do meio, e isto constrangia mais o poeta compositor, mas
ele não desistia e por vezes assediava o Ruy, inclusive tentando mexer com o
ego do menino, que tinha escrito e editado três livros independente, e depois
escreveu mais um lançado por uma editora,
onde o mesmo fala o porque desta
aversão ao mundo do samba, detalhe histórico com o qual Djalma contava também
para envolver o seu filho era a lembrança da disputa e o desfile do carnaval de
1976, quando o seu filho desfilou.
Mas eis que num rompante o amigo do Djalma o sr. Pedro
Nobre que compartilhava da ideia, colocou a mão na massa e começou a trabalhar
lá no quarto onde o Djalma morou, usando de seus próprios recursos, colocou na
mente que iria dar de presente ao seu amigo Djalma uma pequena reformulada no Santuário
e pedindo ajuda de outros amigos do
Sabiá, começou a dar novo visual ao
lugar, dando nome de CENTRO CULTURAL ONDE CONTA O SABIÁ, o trabalho parece ter
começado em fevereiro e finalizado em final de abril 2017
Djalma Sabiá ao visitar no dia 20 de maio de 2017,
ficou tão feliz, que a tristeza que o cercava fugiu repentinamente, e foi
comemorar no bar Inhá Benta, que é de um amigo compositor um dos colaboradores
desta empreitada Theo, junto com o poeta simples Ruy de Oliveira ( filho do
Sabiá), Tuninho Louro, Chamusca, Jorge Madrugada, Ligia Alberice, Luiz Fernando
Mattos.
Por fim agradeceu o poeta ao amigo empreendedor Paulo
Nobre, dizendo que o acervo fora agora criado para que todos pudessem conhecer
um pouco das origem verdadeira da escola Acadêmicos do Salgueiro e consequentemente
do morro do Salgueiro, desejando paz, saúde e vida longa a todos.
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